Era uma vez um homem
Que era até de se admirar
Embora só pudesse dizer o que ele era ontem,
Pois no dia seguinte voltava a mudar
Uma hora era santo,
Outra hora voltava a pecar
Um dia entrava em pranto,
Outro passava o dia a se alegrar
Era uma vez um homem
Que era até de se admirar
Sabia o que queria hoje
Mas amanhã voltava a se enganar
Então, um dia, disseram ao homem o que teria que fazer,
para não ficar por ai mudando toda hora sem o porquê
Deram-lhe uma corrente que prendiam os pés e disseram:
Agora estás livre!
B.C.