Apoena era caçador, destemido, da tribo dos Quibaanas.
A todos os animais havia caçado e comido,
tinha o dom de saber esperar.
Logo quando criança, aprendeu a lição do pajé da aldeia:
-Na vida sempre se espera o momento certo,
mas o dom da espera é virtude que não se assenhoreia.
Apoena, um dia, saiu a caçar
e na mata encontrou uma grande onça pintada.
Sua beleza deixou-o ansioso,
pulou no animal agarrando seu pescoço.
A onça atacou-o arrancando seu coração com uma patada!
E o índio destemido e caçador, segundos antes de falecer,
encontrou seu momento errado,
olhou nos olhos da onça sem temer,
eles diziam algo que escutara no passado...
Rudá, o deus do amor, às vezes aparecia
[na forma de uma grande onça pintada
e quem não esperava o momento certo,
perecia nos braços dessa fera desalmada.
( Breno Castro)
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ResponderExcluirEle diz que é gaveta vazia... bobagem! Tá cheia de poesia... Eu, curiosa, abro essa gaveta...
ResponderExcluirGenial!
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